O pipeline de liderança é um modelo de desenvolvimento que indica que as lideranças precisam ser desenvolvidas de maneira individual, conforme o perfil de cada profissional e suas habilidades. Esse modelo, elaborado por Ram Charan, Stephen J. Drotter e James Noel, é basicamente um combo com seis níveis de transição que determinam o desenvolvimento de uma liderança.
A finalidade desse método é aprimorar lideranças através da avaliação do potencial de cada profissional, isto é, a partir da identificação dos pontos fortes para a preparação da carreira de cada pessoa como líder. Definido por sua flexibilidade, ele possibilita que cada pessoa consiga se beneficiar do que há de melhor em suas habilidades e em seu perfil, causando a potencialização daquilo que achar fundamental. Há muitas vantagens na aplicação desse método, algumas são:
treinamentos mais estruturados
adequação das atribuições em cada nível gerencial
delimitação mais clara das funções
facilitação do planejamento de sucessões
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Origem do pipeline de liderança
Consultor de negócios, palestrante e escritor indiano, Ram Charan é referência mundial quando o assunto é formação de lideranças corporativas. Em seu livro “Pipeline de Liderança”, junto com Jim Noel e Stephen Drotter, abordam sobre os riscos que as empresas correm ao desenvolverem apenas estratégias de negócios sem focar na atuação de cada um dos seus líderes.
Ram desenvolveu uma teoria relacionada ao pipeline de liderança, que refere-se a criar estratégias capazes de desenvolver potenciais líderes. Essas estratégias valem para todos os integrantes de uma organização. O propósito é sempre preparar pessoas para que elas estejam prontas para abraçar novas posições quando chegar o momento.
No livro de Ram e demais autores, está explicado sobre a importância das seis transições para a preparação ideal dos líderes. A cada caminho, o profissional necessita desenvolver novas habilidades e deixar no passado a maneira de exercer sua função que não se adequa mais a sua nova posição. A teoria do pipeline de liderança declara que, desde a definição de cada uma das seis transições, as organizações conseguem treinar os seus profissionais conforme as posições de liderança.
Pipeline de liderança nas empresas
Antes de tudo, é preciso compreender que a liderança não é um traço que nasce com uma pessoa. É necessário muito trabalho para conseguir desenvolver habilidades. A partir disso, você deve enxergar a si mesmo e seus funcionários, com a intenção de entender as qualidades necessárias para estar à frente de uma equipe e quais os processos deve encarar. Esse modelo define as seis transições a serem alcançadas:
Transição 1: Líder de outros
Neste primeiro nível, o colaborador individual passa para a gerência de primeira linha, deixando de realizar o trabalho individualmente. Nas suas novas responsabilidades como líder, ele deve auxiliar outras pessoas a planejarem os seus serviços, atribuir tarefas, avaliar resultados e motivar a sua equipe.
Transição 2: Líder de líderes
A segunda transição é onde os profissionais precisam desapegar completamente das funções individuais. Também passam a ser encarregados de escolher outras pessoas para a primeira transição, atribuindo tarefas, observando e fazendo orientações como líderes. Nessa etapa, o profissional deve agir em questões estratégicas que conduzem os negócios da organização.
Transição 3: Líder de função
Chegou a hora em que os desafios requerem que o líder otimize ainda mais as habilidades interpessoais e de comunicação, pois nesse momento, estará lidando com conflitos e pessoas o tempo todo. Nesta transição, existe a possível exigência de que os líderes administrem áreas que muitas vezes não possuem tanta proximidade, neste caso, é necessário estudar essas novas funções.
Transição 4: Líder de negócio
Na quarta etapa, o então líder de negócio é o encarregado pelos resultados financeiros. A autonomia também é muito necessária. O profissional deve estar preparado para realizar uma ótima administração do tempo, além de gerenciar funções distintas e encarar diversas pessoas diferentes ao mesmo tempo.
Transição 5: Líder de grupo
Entre o líder de negócio e líder de grupo possui uma grande diferença, o primeiro preza pelo sucesso do seu negócio, já o segundo valoriza o sucesso do empreendimento alheio. O líder de grupo deve ter um entendimento estratégico e universal, ele precisa ser capaz de conduzir ao mesmo tempo diversos negócios de alta complexidade.
Transição 6: Líder corporativo
O líder corporativo deve focar no todo, ou seja, ele precisa ter uma compreensão e estratégias de longo prazo. Essas estratégias terão que direcionar todo o esforço da organização. O líder corporativo é focado em valores mais do que em habilidades. Ele precisa deixar de lado a preocupação com as partes e observar as circunstâncias de forma ampla.
Vamos dar um exemplo de como esses processos funcionam na prática. Tudo começa com o líder de si, que vai em direção ao líder dos líderes, em seguida, ele segue para se tornar o líder de funções, a partir de então, ele vira líder de negócio. Chegando ao fim, ele se transforma no líder de grupo para então, ser um líder corporativo.
Investir no pipeline de liderança oferece diversas vantagens à organização. Entre elas, a formação de um planejamento sucessivo de líderes, facilitando uma precisão maior nas atribuições, a identificação e a manutenção de talentos, além de melhorar as avaliações de desempenho e favorecer a estrutura do treinamento de líderes. Para um crescimento rápido e qualificado, a empresa precisa investir na gestão de pessoas.
>> Saiba porque é importante investir na gestão de pessoas
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